A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, por cobrir toda sua superfície, representa de 8-16% de seu peso corporal e pode atingir até 2 metros de extensão. É constituída por três camadas de tecido sobrepostas: epiderme, derme e hipoderme, sendo responsável pela resistência e elasticidade da pele, composta por fibras colágenas, elásticas, vasos sanguíneos e linfáticos, que irrigam e garantem a nutrição da pele e terminações nervosas, fornecendo proteção contra traumas físicos e também serve de depósito de calorias.
Possui papéis importantes que contribuem para a manutenção do equilíbrio do organismo. Porém, tais propriedades só são desempenhadas com excelência se o tegumento estiver em condições normais e plenas de funcionamento e cuidado. O cuidado compreende dois processos básicos que agem em conjunto: limpeza e hidratação. A limpeza contribui para a remoção de secreções cutâneas naturais e microrganismos. Já a hidratação, é responsável por manter o conteúdo de água na pele, a fim de deixar a barreira epidérmica em perfeito estado.
A idade avançada é acompanhada de alterações na pele e diminuição da função imunológica, fatores estes coadjuvantes para a perda da integridade de pele. Portanto, à medida que a pessoa envelhece, aumenta o risco de aparecerem lesões no tegumento, já que este se torna mais fino, mais frágil e ocorre perda na camada de gordura subcutânea.
No idoso, e em especial no cenário da hospitalização, é preciso considerar características peculiares da pele, que podem torná-lo mais vulnerável, como por exemplo, a elasticidade diminuída. Somado à fragilidade da pele, a incontinência urinária e/ou fecal é altamente prevalente entre idosos e correlaciona-se com a perda da mobilidade e com a função cognitiva prejudicada, o que pode contribuir para a instalação ou piora de uma dermatose denominada Dermatite Associada à Incontinência (DAI).
A DAI quando culmina com o rompimento da integridade da pele torna-se susceptível a ação de microrganismos fecais ou outros agentes oportunistas, contribuindo para a infecção local, sendo a mais comum causada pelo fungo oportunista Cândida albicans.
Diante do exposto, é imprescindível que se estabeleça um diagnóstico e terapêutica precoce, visando uma melhor qualidade de vida para este grupo etário. A prevenção da DAI está centrada sobre a remoção rápida das substâncias irritantes da pele (limpeza gentil, suave) combinada com a aplicação de um protetor da pele. Adesão a um regime de cuidados da pele é a melhor maneira de remover irritantes e restaurar a barreira cutânea.
A OCS Distribuidora, representante da marca DBS®, disponibiliza no mercado o creme protetor Dermamon®, um produto que forma uma barreira transparente para proteger a pele de crianças, idosos e pessoas acamadas e/ou que sofram de incontinência. Contém substâncias naturais como o óxido de zinco e óleo de girassol, que ajudam a minimizar a irritação cutânea e vitaminas A e E, que auxiliam na revitalização da derme. Apresentado nas versões 50g e 100g é indicado para prevenir assaduras.
De fato, as preparações à base de óxido zinco são os produtos barreira mais comumente utilizados devido à sua acessibilidade, resistência e custo. Independente da escolha há de se levar em conta alguns princípios que orientem o uso de protetores da pele na prevenção e manejo de DAI, como por exemplo: aplicar o protetor da pele com uma frequência compatível com a sua capacidade de proteção e em conformidade com as instruções do fabricante, verificar se o protetor da pele é compatível com quaisquer outros produtos usados nos cuidados de higiene da pele, aplicar o protetor em toda a pele que entra em contato ou potencialmente entrará em contato com urina e/ou fezes, entre outros.
Acima de tudo, o investimento nos cuidados da pele podem claramente melhorar a experiência do paciente, os resultados clínicos e a sua qualidade de vida!
REFERÊNCIAS:
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